quarta-feira, 30 de julho de 2014

Aprendizagens construídas e em constante processo de elaboração

Neste semestre me aproximei de discussões que envolvem mídias e educação. A partir de discussões, leituras e análises realizei algumas pesquisas e escrita de artigos. 
Por esta razão, para falar das aprendizagens que construí ao longo da disciplina e além dela optei por organizar um único material contando um pouco das pesquisas que realizei, dos espaços que vivenciei e das relações que estabeleci com diferentes autores. 
Abaixo segue o link para acessar este material:


Renata

Narrando experiências

Quando nos foi proposto que utilizássemos o recurso do site calaméo para contarmos uns aos outros experiências vivenciadas na disciplina Mídias e Educação pensei várias vezes em por onde começar e no que contar.
Bem, o resultado de tal processo de pensar está no link abaixo ;)

Vivências em uma disciplina

Renata

terça-feira, 29 de julho de 2014

Uma análise da disciplina de mídias e educação: refletindo as vivências



Os processos de aprendizagens que vivenciamos sempre deixam marcas que serão registradas em nossa memória. A disciplina em questão certamente será lembrada! As discussões sobre consumo, descarte, endereçamento, captura e dispositivos midiáticos, já eram familiares.  
No entanto, entendo que nenhuma dessas problematizações se esgotará em um único momento, pois são questões emergentes na contemporaneidade, e principalmente por que cada oportunidade de reflexão se fará com indivíduos de diferentes saberes. O que certamente enriquece cada vez mais as rodas de conversa, e visto que, não me constituo sozinha, mas em conjunto como outro, as conversas com minhas colegas e a dupla com a Renata, foram experiências extremamente produtivas. E é claro! Ouvir a professora falar e os colegas com certeza me fizeram pensar, pois ouvir também é uma aprendizagem necessária.
Para tanto, ressalto que discutir sobre as gerações a luz do pensamento do sociólogo Bauman, também foi uma experiência instigante, pois tais problematizações mostraram como as gerações anteriores impulsionam a geração vigente, ou seja, uma geração inconstante, nervosa e fugaz. Nesse sentido, o Sociólogo afirma que,
É essa “condensação relativa” de traços característicos que nos permite falar, em primeiro lugar, em “categorias”, sejam elas nações, classes, gêneros ou gerações. Ao fazê-lo, ignoramos temporariamente a multiplicidade de características que faz de cada um de seus integrantes uma entidade única e irrepetível, diferente de todas as outras, um ser que se destaca de todos os demais membros da “mesma categoria” (2011, p.39).

Por fim, Marques diria que “navegar é preciso”, eu, porém digo, após navegar, terminar é preciso, visto que, novas aventuras somente começam por que outras terminam. Essa termina para abrir espaço para novos e contínuos diálogos, mas agora, com novos tripulantes. A aventura não termina, recomeça! Assim, SÓ DEUS SABE O QUE VIRÁ!? QUE DEUS NOS AJUDE OU NOS LIVRE, como livrar não dá, ajudar já está de bom tamanho!!

Elis

  
LIVRO DIGITAL

Histórias de aprendizagem de uma acadêmica de Pedagogia

http://pt.calameo.com/read/003714084da9a45968741

terça-feira, 15 de julho de 2014

NOVOS TEMPOS - NOVAS GERAÇÕES

Cada tempo histórico é marcado por suas configurações e emergências. Esses são marcadores que projetam pouco a pouco as gerações que emergem.  Nesse sentido, destacam-se três gerações, as quais se configuram em um momento histórico por distintas características. Segundo Bauman (2011, p.39), “É com essa condição sempre na cabeça que nos permitimos dizer que todos os nossos contemporâneos, salvo os muito mais velhos, ‘pertencem’ a três gerações sucessivas”.


Sendo assim, surge entre 1946 e 1964 a primeira geração, os baby boomers. Seus filhos, a segunda, a “geração X”, e a terceira a “geração Y”. Essas hoje se encontram em um terreno de disputa: o mercado de trabalho. Todavia, a geração Y vem ressaltando-se pelo seu dinamismo “nervoso”. Com toda a disposição, mas pouca paciência, esses chegam inovando e provocando questionamentos sobre as novas posturas de trabalho. Neste sentido a reportagem apresentada no Jornal do Globo (vídeo abaixo) nos auxilia a refletir a cerca das diferentes relações que representantes destas três gerações estabelecem com o trabalho e com seus fazeres cotidianos.


As diferentes configurações sociais-econômicas-culturais, portanto, históricas que caracterizam as três gerações aqui problematizadas estão presentes no tempo espaço atual em processos constantes de disputa e convivência. Criando e modificando novas configurações culturais que podem em um próximo momento histórico caracterizarem os marcadores da emergência de uma nova geração.

Elisângela e Renata 

terça-feira, 3 de junho de 2014

Diferentes endereçamentos um mesmo objetivo.

          Basta sair na rua e somos interpelados por diferentes artefatos midiáticos... Opa, sair na rua? Deixe-me reconfigurar isto. Basta estar em algum lugar e somos interpelados por veículos de informação e por apelos de ordem consumista. Nos dias atuais o acesso à tecnologia é muito diferenciado do acesso que tínhamos a cinco ou dez anos atrás, de forma que seja em casa ou andando pela rua nosso cotidiano é permeado por diferentes signos da cultura consumista veiculados, muitas vezes, a partir de elementos da tecnologia.

Muitos aparatos tecnológicos estão de alguma maneira relacionados a conteúdos midiáticos, em sua maioria, de ordem consumista. Nesta conjuntura social ‘[...]. O ”consumismo” chega quando o consumo assume o papel-chave que na sociedade de produtores era exercido pelo trabalho’. (BAUMAN, 2008, p. 41). Em casa vemos e ouvimos os apelos midiáticos nos instigando a consumir a partir de veículos como a televisão e o computador a partir do acesso a internet. Nas ruas estes apelos ganham maior dimensão com propagandas em forma de out-doors, colados nos muros da cidade, no centro comercial, nos transportes públicos, enfim, em tantos formatos e tamanhos. Quando próximo de datas festivas (muitas elaboradas e impostas nos meios sociais pela própria mídia) estes artefatos se multiplicam e muitas vezes nos sobrecarregam de informações.

Em uma dessas andanças pelos caminhos do dia-a-dia nos causou curiosidade uma propaganda inscrita em forma de imagem em um out-door.  Este trazia a imagem de um menino estereotipado de Funkeiro, com correntes no pescoço, anéis e um relógio grande que demonstrava ser de ouro. Junto do menino havia uma mulher sentada em uma poltrona grande e luxuosa, simbolizando um trono. Junto a esta imagem os dizeres: “Bom mesmo é ser você” e “Mês das mães Gaston”.

            A partir disto buscamos conhecer a propaganda que foi utilizada pela marca para divulgar na televisão os produtos a serem comercializados. 


Nela aparecem inscritas representações de infância e da figura da mãe. Estereótipos que buscam configurar o que é ser criança e o que é ser mulher e mãe na sociedade atual. Mais do que objetivar o apelo ao consumo a partir de produtos ditos “essenciais” para este modelo de mãe-mulher esta propaganda aporta para um consumo de sentidos e imagens. Afinal, ao sermos interpelados por propagandas midiáticas não consumimos apenas os produtos a que direcionam nossos olhares, mas também os sentidos e significados implicados na forma de ser-representar das propagandas. A partir destas percepções incorporamos, em diferentes medidas, a nossas identidades características vendidas pelos discursos impostos explicitamente e/ou entre linhas nas propagandas e demais programas televisivos. Nesse sentido Bauman (2008) complementa esta discussão ao demarcar que

Os membros da sociedade de consumidores são eles próprios mercadorias de consumo, e é a qualidade de ser uma mercadoria de consumo que os torna membros autênticos dessa sociedade. Tornar-se e continuar sendo uma mercadoria vendável é o mais poderoso motivo de preocupação do consumidor, mesmo que em geral latente e quase nunca suficiente. [...]. (p. 76) [grifos do autor]

            Nesta compreensão surgem no convívio social sujeitos que nada são e que ao mesmo tempo podem ser/ter várias identidades. No espaço-tempo atual a cultura infantil e as crianças são permeadas por diferentes concepções em relação ao seu lugar em nossa sociedade. Por um lado, as crianças ainda são percebidas como seres inocentes, reprodutores de informações, por outro, são vistas como grupo consumidor, com potencial de compra, que seleciona os produtos comercializados segundo seus interesses e desejos. Estas percepções aparecem misturadas no comercial analisado ao endereçar sua proposta à criança com o papel de filho considerando-a sujeito com extenso potencial de compra e sujeito central para comprar um produto endereçado também às mães.

             Ao utilizar diferentes linguagens (música, cores, elementos de cenário, expressões faciais e corporais dos protagonistas da propaganda, etc.) a propaganda aqui analisada traz dois sujeitos centrais para endereçar seus propósitos: o sujeito filho e o sujeito mãe. Entretanto não estrutura diferentes objetivos a cada um. A ordem ainda é a mesma. Consumir. A partir destas percepções ficam as perguntas para constantes reflexões: O que temos consumido? Em que medida somos educados pela mídia? Quantos ‘rótulos’ já compramos?


BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadoria. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro. Zahar, 2008

Elisângela e Renata.

terça-feira, 13 de maio de 2014

A MÍDIA QUE DISCUTE E DESCONTRÓI REPRESENTAÇÕES

   Quando falamos de representações, lembramos logo de como a sociedade foi sendo constituída e pautada, ou seja, por um sistema moral religioso que ditava o que era “certo” e “errado”. No entanto, tais ditos já não são mais aceito na contemporaneidade de forma passiva. Nesse sentido a mídia tornou-se um lugar de discussão e problematizações de questões atuais.

   Assim, chamou-nos atenção o trabalho (RE)PRODUÇÕES E (DES)CONSTRUÇÕES DE GÊNERO NOS EPISÓDIOS DE PEPPA PIG apresentado no VII Congresso Internacional da ABEH pelas graduandas Keli Velasques e Danieli Pinheiro, as quais analisaram dois episódios do desenho. E em um bate-papo rápido uma das autoras contou-nos que o objetivo desse era analisar as representações de gênero masculino e feminino trazidos pela mídia e o quanto esse tipo de artefato influencia a constituição da criança.


   Provocações que mostram que o “certo” tornou-se “talvez”, mas o mais importante é perceber que a mídia tem se apresentado como lugar de discussão cada vez mais cedo, sem se desfazer da família nuclear, mas abordando de forma sutil questões indiscutíveis, que a sociedade contemporânea traz a pauta.

Elisângela e Renata